Investigação

Mulher que sequestrou bebê em hospital no Rio é indiciada

Cauane da Costa pode pegar até seis anos de prisão

Cauane entrou por um quarto vazio ao lado e pegou o pequeno Ravi
Cauane entrou por um quarto vazio ao lado e pegou o pequeno Ravi |  Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio concluiu, nesta quinta-feria (9), o inquérito para apurar o sequestro do bebê Ravi Cunha, de apenas um dia de vida, que foi levado por Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos, da Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro da cidade, na semana passada. A mulher foi indiciada por subtração de incapaz para colocação em lar substituto. A pena pelo crime pode ser de até seis anos.

Cauane invadiu a materndiade por um quarto vazio ao lado, na madrugada, e levou a criança para sua casa, no Morro do Borel, na Tijuca. Segundo os agentes, a mulher pretendia criar o Ravi e chegou a afirmar que o bebê era dela.

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Após ser encontrada, a criança foi devolvida para a família. Apesar do susto, o bebê está bem e saudável. Já a criminosa segue presa preventivamente.

Na audiência de custódia, a juíza Priscilla Macuco Ferreira destacou que Cauane demonstrou "extrema ousadia e periculosidade" ao decidir pela manutenção da prisão dela. Ainda segundo a magistrada, ela se aproveitou da fragilidade da mãe após o nascimento de Ravi.

A gravidez e o puerpério são momentos em que a mulher encontra-se mais vulnerável. E, no caso concreto, a fragilidade da vítima era maior ainda, na medida em que ainda estava internada, aguardando alta após o parto" Priscilla Macuco Ferreira, juíza

Relembre o crime

O bebê Ravi Cunha desapareceu logo depois de nascer na Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio, no dia 31 de outubro.

Cauane Malaquias da Costa entrou na unidade de saúde e aproveitou um quarto vazio ao lado de onde a família descansava. Ela esperou os familaires domirem para entrar no quarto onde o bebê estava e o sequestrou. A informação foi passada pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Câmeras de segurança do hospital registraram o ocorrido.

De acordo com as investigações da 4ª DP (Praça da República), a suspeita esperou cerca de cinco horas na unidade de saúde até aparecer uma oportunidade de raptar o bebê. Segundo o delegado Mário Andrade, o crime foi premeditado.

Após uma investigação, agentes da UPP do Morro do Borel fizeram buscas na comunidade e conseguiram localizar a mulher e o bebê em uma casa. 

No último dia 2, o pequeno Ravi recebeu alta do hospital. "Isso é um milagre, que todos testemunhem esse milagre que aconteceu com meu filho, eu não via a hora de chegar esse momento. Eu agradeço a todos que se mobilizaram, eu sou muito grato a vocês. A partir de agora é só ficar com meu filho em casa e cuidar da saúde da minha esposa", disse Matheus Cunha, pai do Ravi.

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